O primeiro documento que dele conhecemos, em que mostra conhecimento e interesse pelas coisas do Brasil, data de 8 de julho de 1741. Foi escrito em Londres, onde era Ministro de Portugal, e é dirigido a Marco Antônio de Azevedo Coutinho, então Secretário de Estado do Rei D. João V.
O documento é longo, e se encontra no Vol. 4º da Revista do Instituto, e no de igual número das Publicações do Arquivo Nacional.
Dez anos mais tarde, a 21 de setembro de 1751, já no apogeu da sua malícia previdente e combativa, Pombal escrevia ao futuro Conde de Bobadela duas cartas secretíssimas, destinadas a reforçar por meio de novos esclarecimentos as Instruções e os Plenos Poderes que nesse mesmo dia lhe passava El-Rei para, na qualidade de Comissário Régio, encontrar o representante de Espanha, a fim de examinarem e estabelecerem os limites territoriais de uma e outra coroa na América, esboçados nas cláusulas do Tratado de Limites de 1750, assinado em Madrid a 13 de janeiro desse ano.
Esses dois documentos nos foram revelados por Varnhagen, e constam da Seção XLIII, Tomo 4º da 3ª Edição integral de sua História Geral do Brasil, e correspondem aos documentos de Nºs 15.192 e 19.195 do antigo Arquivo de Marinha e Ultramar de Lisboa.
Para uso dos nossos leitores, transcrevemos no final desta publicação, as duas referidas Cartas.
A segunda é mais interessante, mas não mais importante. Nela trata Pombal dos oficiais militares, não só nacionais como estrangeiros, que eram enviados para servir com Gomes Freire na execução do Tratado de Limites.
No aproveitamento desses oficiais, especialmente dos estrangeiros, já contratados pelo governo anterior, dizia que, achando-se eles na Corte de Lisboa, eram-lhe