não, nos tais sertões. Saberiam onde haveria oposição, para então se internarem no país com maior ousadia, pelas vias de menor resistência, e por fim, vulgarizariam o conhecimento dos ditos sertões, "em cujo segredo e não na sua força'', El-Rei mantivera o Brasil com segurança nos dois últimos séculos, contra a penetração estrangeira.
Em todos os demais detalhes destes dois documentos há a comprovação manifesta da personalidade inconfundível do Marquês de Pombal.
O documento nº 3 das Instruções, dirigido a Gomes Freire, já Conde de Bobadela, sendo de 4 de novembro de 1759, acha-se todo impregnado do mal que reciprocamente se fizeram Jesuítas e Pombal, o que não se dá com os de 1751.
Servindo em Londres, de 1738 a 1745, eram então os ingleses a sua preocupação principal. Conseguira penetrar-lhes os planos de conquista dos domínios espanhóis da América.
Com a poderosa esquadra que já possuíam, procurariam impedir a navegação pelo canal de Flórida, e pela Windward Passage, dominando assim os portos do continente – região das Antilhas – utilizados pelos espanhóis no comércio que mantinham com os seus domínios da América.
Com a conquista e fortificação de Havana e de Santiago de Cuba "ficavam os ingleses metendo em suas algibeiras" – dizia ele – "as chaves das duas portas da América Espanhola" e tomando os portos de Cartagena, Porto Belo e Panamá, ficariam senhores do mercado que pertencia à Espanha.
Este plano, concebido por Mylord Carteret e por Mr. Pultney sugerido ao Almirante Vernon, e aceito pelo ministro Walpole, só não vingou inteiramente graças às