a escolher para Secretário de Estado, Sebastião José de Carvalho e Melo. A essência dos elementos contidos no Testamento Político foi tirada por ele mesmo das Instruções passadas a um seu sobrinho para quando fosse ministro, o que se deu (Instruções publicadas no ano de 1930, por Pedro de Azevedo e Antônio Baião, sócios efetivos da Academia das Ciências de Lisboa).
O notável D. Luís da Cunha, além de Embaixador em Paris, Madrid, Londres e Haia, foi desembargador durante 62 anos da Relação do Porto e de Lisboa, e da Casa da Suplicação, tendo sido ainda enviado Extraordinário e Plenipotenciário, no Congresso de Utrecht, com o Conde da Tarouca e com José da Cunha Brochado. O sobrinho chamava-se D. Luís da Cunha Manuel, mas como Ministro do Gabinete Pombal, sempre se assinou D. Luís da Cunha.
Graças aos relevantes serviços prestados à Coroa pelo primeiro D. Luís da Cunha, é que o seu outro sobrinho, D. Antônio Álvares da Cunha, obteve o título de Conde da Cunha, com o qual exerceu a função de 1º Vice-Rei e Capitão-General do Estado do Brasil, no Rio de Janeiro, desde 1763 até 1767.
No segundo item das Instruções, Pombal se refere à estimação e confiança que Sua Majestade fazia do Marquês do Lavradio, quando o nomeava Vice-Rei e Capitão-Geral do Estado do Brasil com residência na Praça do Rio de Janeiro; e no terceiro, diz que diferentes são os inimigos certos e figurados, contra os quais devia estar sempre acautelado e prevenido com toda a vigilância. Os primeiros eram os Jesuítas, e seus confidentes e apaixonados, que tinham na Praça do Rio, e em seu território, e os segundos, eram os ingleses, até então somente figurados.
No item seis, adverte-o que toda a política e toda a malícia dos Jesuítas vinha sendo no sentido de "ganharem