O Marquês de Pombal e o Brasil

os ingleses para o seu partido", alegando que para isso tinham não só transportado para os Bancos e Companhias de Londres todos os seus importantíssimos tesouros, por tantos anos extraídos dos Domínios de Portugal e Espanha, como também incitado continuadamente a insaciável cobiça dos mesmos ingleses, com os estímulos do ouro e diamantes do Brasil. Sobre isso já os Condes da Cunha e de Azambuja, Vice-Reis que o antecederam, tinham sido instruídos, por documentos constantes destas Instruções e nelas citados.

Um desses é o de nº 13, em que se relata o ocorrido no Almirantado de Inglaterra, entre o Arbitrista de uma das suas expedições aos mares do sul e os seus inquiridores. Nele há referência às viagens feitas por vários navios ingleses ao cabo de Horn, porto Famine, e Port Egmont ( das ilhas Falklands ou Malvinas ) desde antes de 1767, ilhas e porto que tantas preocupações trouxeram aos castelhanos, e ainda hoje dão ao povo e governo da República Argentina.

Nesse documento, além de se mencionar a técnica dos contrabandos feitos pelos ingleses, encontramos este significativo diálogo:

"Se este comércio de contrabando for descoberto depois de estabelecido; e se os referidos homens de negócio forem descobertos na comunicação com o Paraguai, para lhe introduzirem mercadorias, e para extraírem cabedais daquele país, para os reinos estrangeiros, não é certo que hão de ser castigados com a maior severidade?"

Resposta:

"A Espanha e Portugal não são certamente tão acautelados naqueles seus países, como a França e Inglaterra o costumam ser nas suas Colônias. Além disto, é notório haver nos mesmos países contínuas traições contra os seus

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