Ministros, e contra as suas rendas, sempre que os propostos para as administrarem são bem pagos pelos contrabandistas, porque logo fecham os olhos a tudo o que passa."
"Não entendeis Vós, que a Ilha de Egmont se acha nos termos de ser facilmente invadida pelos espanhóis?"
Resposta:
"Creio que o nosso governo não desejaria senão o pretexto da dita invasão para ter o gosto de abrir novamente a guerra. Tanto mais que nós nos achamos preparados para ela, e que poderíamos deitar logo [a mão] sobre certas partes dos Domínios de Portugal e Espanha, que nos abrissem o caminho para irmos socorrer com toda a segurança o Paraguai, o qual nos pagaria com muito gosto os gastos que fizéssemos."
Do item XII ao XXIV das Instruções, quase que só se ocupam com a questão dos contrabandos; com a circunstância de aí, mais uma vez, Pombal mandar de Lisboa toda a argumentação que o seu subordinado devia usar com a parte contrária – no caso, os ingleses.
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Em matéria de política internacional, jesuítas, castelhanos e ingleses predominaram sobre os demais problemas na administração pombalina.
Com os ingleses, suas preocupações nunca foram além de fortes contendas, comuns entre irmãos que se estimam, mas que nem sempre se respeitam.
Com os jesuítas, as circunstâncias foram diferentes. Os conflitos já existiam quando Pombal entrou para o