Secretariado. Desenvolveram-se nesse período mais do que nunca, e tiveram desfecho lamentável e de difícil previsão, quando pela ação conjugada dos ministérios das três cortes, de Lisboa, Madrid e Paris, conseguiram, pela Bula do Papa de 21 de julho de 1773, extinguir a Companhia de Jesus, depois de terem sido os seus filhos proscritos sucessivamente de Portugal, da França e da Espanha.
Ao se dar a expulsão dos jesuítas de Espanha, em 1767, a situação político-militar entre os dois países ficou o que se pode classificar de tragicômica, não só na América como na Europa, pelo vaivém das ordens e contraordens havidas na ocasião.
Na América, isto é, no sul do Brasil, estava tudo pronto para a luta que se ia travar, tendo todos os elementos de guerra: tropa, armas e munições, em ponto de serem utilizados em campanha que se vinha preparando desde 1763.
Mas a notícia da expulsão dos jesuítas de Espanha causou em Pombal tal emoção e entusiasmo que, em carta ao Embaixador de Portugal em Madrid, Aires de Sá e Melo, chegou a dizer que na Corte de Lisboa "se reputava o extermínio da sociedade, mais útil que o descobrimento da Índia". Então, toda a correspondência da Corte para o Brasil passou a ser no sentido de observarem o maior cuidado nas relações com os castelhanos, pois em ambas as cortes, teriam passado a atribuir exclusivamente à "maléfica" influência dos jesuítas, todos os desentendimentos havidos entre os dois povos e respectivos governos.
Nessa ocasião verificaram-se, entre outros, dois fatos de real interesse. O primeiro, ocorreu no setor militar-governativo: o coronel José Custódio de Sá e Faria e o Vice-Rei Conde da Cunha foram destituídos de suas respectivas funções, sob a alegação de "estarem querendo