O Marquês de Pombal e o Brasil

o tempo das invasões das bandeiras de São Paulo, resistência que, de nossa parte, levou Gomes Freire de Andrada à guerra que sustentou vitoriosamente na parte sul do Brasil, na qualidade de Primeiro Comissário Demarcador da Coroa de Portugal.

Como se sabe, a demarcação da parte norte, do rio Guaporé para cima, fora confiada a Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão materno de Pombal, para isso nomeado pela Carta Régia de 30 de abril de 1753, quando já exercia com zelo e proficiência o cargo de governador e capitão-general da capitania do Grão-Pará e Maranhão.

Por ter sido este homem a nosso ver o pivô de toda a luta que se travou entre o gabinete Pombal e os jesuítas, a sua figura complexa de administrador aparecerá muitas vezes nas páginas que se seguirão de nossos trabalhos em elaboração.

Dizia Pombal, ainda Conde de Oeiras, ao novo Vice-Rei Marquês do Lavradio, em sua Carta Quarta – Doc. nº 15:

"É certo que ao tempo de aclamação do Senhor Rei D. João IV, se achavam os vassalos desta Coroa na posse de todas as costas e sertões que jazem ao sul do Rio de Janeiro, desde as capitanias do mesmo Rio da Prata, onde no governo do Senhor Rei D. Pedro II, se erigiu a nova colônia, debaixo da invocação do Santíssimo Sacramento, da qual fomos desalojados pelos castelhanos na era de 1705, e mandados restituir na de 1715, pelos artigos V e VI do Tratado de Utrecht."

Dizia mais:

"ser certo que os castelhanos, com a má-fé que sempre praticam com os portugueses, inspirados pelos jesuítas, que os tinham debaixo da sua jurisdição, em lugar de

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