O Marquês de Pombal e o Brasil

pois dizia ele prosseguindo em sua carta: – "É certo que assim correram as coisas até o tempo do mal entendido e pior executado Tratado de Limites das Conquistas, assinado em Madrid a 10 de fevereiro de 1750 [sic] que foi anulado pelo outro tratado do ano de 1761, e até ao rompimento da última e aleivosa guerra do mês de março [início do desdobramento da guerra dos sete anos entre a Grã Bretanha e a França, havida a partir de 1756] terminada pelo outro Tratado de Paz de 10 de fevereiro do outro ano de 1763."

Aqui Pombal assinou a carta que, como as demais, possuímos e em seu próprio original, contendo o engano de atribuir a data de 10 de fevereiro de 1750, como sendo a data da assinatura do Tratado de Madrid, quando o 10 de fevereiro pertence ao que foi assinado em Paris, em 1763. O de Madrid, foi assinado a 13 de janeiro de 1750.

Por fim, chegamos ao ponto principal de suas recomendações e advertências ao novo Vice-Rei do Estado do Brasil.

Com a derrota e consequente paz assinada em Paris a 10 de fevereiro de 1763, França, Espanha e a vencedora Inglaterra puseram-se em campo; as duas primeiras em busca de compensações de suas perdas e a última para ampliar os seus ganhos e conquistas.

Bougainville foi com a sua expedição marítima parar nas Ilhas Malvinas, onde fundou Port St. Louis, e os espanhóis, com D. Pedro de Cevallos à frente, tomaram a Colônia do Sacramento e o Rio Grande, onde estiveram desde 1763 até 1776, quando foram desalojados pelas forças que Pombal reuniu e formou no Brasil, sob o comando em chefe de Jean Henri de Böhm.

Quanto aos ingleses, seguindo a linha de suas aspirações de hegemonia universal, voltaram-se também para as Malvinas ou Falklands, onde se instalaram em Port

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