O Marquês de Pombal e o Brasil

7. Da união dos referidos fatos, resultou, pois o prudentíssimo juízo, com que S. Majestade mandou também prevenir a respeito dos mesmos ingleses os ditos dois imediatos vice-reis antecessores de V. Ex.ª com as outras instruções, e ordens contidas nas outras cópias, que também vão indicadas no parágrafo II do sobredito catálogo, e compiladas na mesma coleção, que a ele se segue.

8. Pela carta que daqui se escreveu ao Conde da Cunha em 20 de janeiro do ano próximo passado de 1768, e pelo papel que a ela foi junto, e contém a cópia das conferências, que desde 25 de novembro [setembro], até 8 de outubro de 1767 se haviam tido no almirantado de Londres com um dos arbitristas das expedições, que Inglaterra havia feito; na aparência para o mar do Sul, e na realidade contra o Brasil e domínios espanhóis dessa parte; assim como vai compilada na dita coleção, verá V. Ex.ª claramente provado o seguinte:

9. Isto é: que os Jesuítas têm com efeito ainda mercadores, e outras pessoas confidentes e fanáticas na cidade do Rio de Janeiro: que os ingleses confiam muito nos ditos confidentes dos Jesuítas: e que as arribadas que o navio inglês "Federico"; a balandra "Florida"; o outro navio "Sirest"; a "Carcassa"; o outro navio "Famer"; e outros fizeram todos notáveis sedições e contrabandos nesses domínios.

10. Assim o confessou ao almirantado de Inglaterra o dito informante dizendo-lhe:

"O fanatismo influi mais em Portugal e Espanha que em todos os outros países. O capitão, que esteve 15 dias no Rio de Janeiro, e de lá foi ao banco do Inglês na boca do Rio da Prata(1) Nota do Autor (que segundo se diz executou

O Marquês de Pombal e o Brasil - Página 46 - Thumb Visualização
Formato
Texto