A conquista da Paraíba

colonial que veio a possuir - conclui Almeida Prado.

Os assaltos e saques às feitorias e vilas litorâneas e as ocupações de terras e capitanias por adventícios armados caracterizavam atentados e violências à coisa alheia.

Os donos dela eram os portugueses e seus descendentes brasileiros, que falavam a mesma língua, oravam na mesma capela e juntos amanhavam a gleba e produziam os artigos cobiçados.

Aquilo tudo nos pertencia.

A política colonizadora de Portugal estava enunciada desde 1534 pelo erudito Diogo de Gouveia, reitor do Colégio de Santa Bárbara, de Paris, em carta ao Soberano.

A terra toda seria repartida entre vassalos que a povoassem, por ser o meio de utilizá-la e de converter "a gente à fé, que é o principal intento que deve ser de Vossa Alteza".

Lema de proprietário: aproveitar a terra, cultivando-a, e o aborígine, catequizando-o.

Recomendando ao conde de Castanheira desconversasse com Francisco I sobre o apresamento de umas naus bretãs na costa de Pernambuco, D. João III afirmou o seu direito de propriedade e posse.

Lembrasse o embaixador ao rei de França as feitorias portuguesas naqueles mares "em partes mui próprias minhas", não sendo maravilha "quem destes lugares e tratos tem cuidado não querer consentir nem uma torvação neles".

Almeida Prado salienta um gesto de Marfim Afonso de Sousa altamente expressivo do espírito das primeiras expedições portuguesas.

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