REFLEXÕES EM TORNO DO PREFÁCIO
Chamou-nos certo dia o Embaixador Francisco de Assis C. Bandeira de Mello Correia de Oliveira Vasconcelos Brandão para uma conversa "ao pé do fogo". Disse-nos, na entrevista, que de há muito desejava escrever a história antiga de sua terra, a Paraíba, porém, série de peias adversas tinham-lhe impedido a realização do projeto. Meditara a respeito e resolvera confiar-nos o cuidado de substituí-lo. Contava, até, na empresa com o desvelo do ilustre militar português comandante José Matoso.
Partindo de quem partia, mormente naquelas condições, não vacilamos em anuir à honrosa incumbência e pusemos mãos à obra. De quando em quando apresentávamos capítulos do livro em andamento ao Embaixador, que em extremo o interessavam. O assunto tinha dom de apaixoná-lo. Fora outrora a Paraíba teatro de embates decisivos para a nossa história, tais como as ambições dos franceses e assalto flamengo, amplamente suscetíveis de justificarem a sua insaciável curiosidade por tudo que diz ao passado.
Os normandos sempre lhe tinham prendido a atenção, porquanto foram sem dúvida os primeiros frequentadores de angras, baías, ancoradouros, restingas e bocas de rios, que durante largo espaço ostentaram em antigas