A conquista da Paraíba

para quem quisesse ir por terra de Pernambuco ao Rio Grande do Norte e Amazonas.

Não se sabe ao certo quando e como a Paraíba foi descoberta. Tampouco houve no Brasil como nas Américas um descobrimento, mas "vários" em diferentes épocas e regiões, por obra de indivíduos de muitas nacionalidades a serviço de governos imperialistas. Sucederam-se, destarte, nas primeiras décadas do século XVI, encontros de angras, cabos, embocaduras de rios ao norte, centro e sul do continente, por navegadores hoje ardentemente reivindicados pelo nacionalismo de nações europeias, sequiosas de expoentes para se altearem sobre as demais. Teríamos, daí, se aceitássemos o critério dominado por este espírito, de estabelecer ordem cronológica a começar pelos vikings, indubitáveis descobridores da Groenlândia por volta do ano 1000. Cinco séculos depois surge Colombo considerado pela moderna História como descobridor de todo o continente. Segue-lhe de perto Américo Vespúcio, o qual, depois de completar a exploração das Antilhas e adjacências, avistou no Brasil os cabos de S. Roque e de S. Agostinho e esteve na foz do Amazonas ou do Orinoco antes de Cabral aportar em Porto Seguro.

No entanto, quanto à porfia europeia em torno de antecedências, se nos cingirmos à cronologia absoluta, teremos de conceder a primazia do aparecimento de homens no Novo Mundo aos mongoloides avoengos do atual índio americano, talvez chegados à futura América pelo estreito de Behring, ou através do Mar do Sul dos antigos cosmógrafos. Em nosso litoral, devemos ainda mencionar os franceses, os quais na vigência do tráfico da Índia, sorvedouro das forças do luso no Oriente, tiveram ensejo de amiudadamente frequentar a costa brasileira, onde descobriram simultaneamente com portugueses grande parte da sua extensão no setor compreendido

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