para teatro da insídia de que fala Vespúcio, perfilhado por Cândido Mendes de Almeida no seu atlas do Brasil, muito acatado no tempo do Senhor D. Pedro II, a ponto de se tornar o vade-mécum dos estudiosos do assunto. Em princípios do nosso século Capistrano de Abreu se mostrava mais propenso a dar o nome de Baía da Traição à de Acejutibiró onde teriam sido trucidados dois frades franciscanos no ano de 1505. A mesma divergência vamos encontrar quanto ao nome do principal rio da região descoberta por Vespúcio, tardiamente aparecido nos mapas, às vezes sob o nome de São Domingos, outras Paraíba, quando não os dois juntos, como ainda ocorre na Resão do Estado do Brasil, em começos do século XVII.
De qualquer maneira, a despeito de oficialmente pertencerem a portugueses os primeiros nomes dados a pontos do litoral nordestino, é indubitável que normandos e bretões lá estiveram no primeiro quartel do século XVI pelo menos tantas vezes quanto os rivais, acaso não se lhe avantajaram em número de viagens e relações com o gentio.
O nome Paraíba é omisso nos primeiros mapas brasileiros. Não consta no de Cantino, Crético, Kunstmann II, Kunstmann III, King Hamy, Waldseemueller, Ruysch, Schoener e derivados. Tampouco, lá figura o de São Domingos, como foi conhecido durante algum tempo. Esta denominação só aparece em Canério (1505?) e Schoener (1523?), porém, muito abaixo, próximo do rio São Francisco, portanto, distante do pontal paraibano ou rio-grandense-do-norte onde teria surgido Vespúcio, autor da notícia e das indicações geográficas. Confirma, outrossim, esta ausência, a monopolização operada por franceses desse trecho nordestino, pouco ou nada frequentado por nautas de outras nacionalidades, os quais se mostravam mais interessados em encontrar passagem