por informantes italianos, naturalmente referentes aos do grupo do português, porquanto os florentinos e cremonenses eram conhecidos cristãos-velhos a despeito da habilidade em ganhar dinheiro. Tampouco existem indícios probantes de judaísmo no organizador do consórcio a não ser a notícia de espias.
Do Venturoso recebeu Loronha o monopólio da venda do pau-brasil, pelo prazo de dez anos, a partir de 1505, em que deveriam ser recolhidos a Lisboa vinte mil quintais de madeira vermelha cada ano, avaliado o quintal em meio escudo, para na Europa ser revendido por entre dois e meio e três escudos. Ajuntava a obrigação dos concessionários de levantarem feitorias nos principais pontos de embarque da madeira compostos de rudimentares tranqueiras como indicava o lapso de conservação por três anos. Data do princípio do contrato a descoberta do arquipélago de Fernão de Loronha, mais tarde Noronha, pela fusão de descendentes do contratador com a família deste apelido em Portugal. O contrato impunha ao consórcio o encargo de mandar anualmente ao Brasil expedição que percorresse cada vez trezentas léguas marítimas da costa. Coube, portanto, à primeira, dada a vizinhança de Pernambuco com o arquipélago, o conhecimento metódico do Nordeste pelos portugueses. As outras expedições contratuais prosseguiram cada vez mais para o sul, partidários historiadores lusos, de que teriam alcançado o Rio da Prata antes de espanhóis. Voltava-se no momento o interesse da metrópole para a região sulina, primeiro na esperança de descobrir novo caminho para a Índia, segundo, por afluírem notícias através de vários canais sobre existência de metais preciosos nas margens do grande rio, havidas de embarcadiços, náufragos ou aventureiros aparecidos nas praias de 1500 a 1515. Assim sendo, permaneceu a Paraíba fora da vigilância da metrópole e