Uma comunidade amazônica: o estudo do homem nos trópicos

A maioria das áreas subdesenvolvidas está situada nas zonas tropicais e semitropicais, embora, é claro, os trópicos não detenham o monopólio da miséria. Mas as regiões tropicais da África, Ásia, das Ilhas do Pacífico, do Oriente Médio e das Américas são, em geral, as mais retardadas do ponto de vista econômico. E são sobretudo as zonas tropicais, quentes e úmidas, como as da África Equatorial, da Bacia Amazônica e da Nova Guiné que, em contraste com as zonas tropicais quentes, mas áridas, têm proporcionado, até o presente, o clima menos favorável ao homem. Essas áreas tropicais, quentes e úmidas, cobrem cerca de 38 milhões de quilômetros quadrados da superfície da terra e encerram uma população de cerca de 700 milhões de pessoas. Três quartas partes dessa população, entretanto, vivem na região tropical da Ásia, cuja superfície é de, apenas, oito milhões de quilômetros quadrados. Com exceção da Ásia, por conseguinte, as áreas tropicais, quentes e úmidas, têm uma população relativamente esparsa. As regiões tropicais chuvosas da África, Oceania, Austrália e América encerram apenas 170 milhões de homens, em uma extensão total de cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados. Excetuando-se a Ásia, as regiões tropicais chuvosas têm, em média, de cinco a seis habitantes apenas por quilômetro quadrado, enquanto que nos Estados Unidos, por exemplo, a média é de cerca de setenta habitantes por quilômetro quadrado.(2) Nota do Autor Essas áreas tropicais menos populosas, como o Vale da Amazônia, são, na realidade, fronteiras. Atraem nosso interesse, não só pela luta dos povos que as habitam, como também por seus recursos inexplorados, suas terras ainda virgens, e o potencial que encerram para futuras colonizações.

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