agente municipal. Em certa ocasião houve uma fraca tentativa, apoiada pelo Estado do Pará, para se formar uma cooperativa agrícola em Itá, mas não foi bem-sucedida. De tempos a tempos reservam-se verbas nos orçamentos estadual e municipal para promover a agricultura, principalmente por meio de distribuição de ferramentas manuais e algumas sementes aos lavradores. Não houve, entretanto, qualquer tentativa séria para a concessão de créditos governamentais, anuais, aos lavradores que continuam a solicitá-los, ano após ano, aos comerciantes locais. Além disso, os pequenos lavradores da Amazônia não dispõem de qualquer meio para obterem conhecimentos sobre métodos agrícolas modernos. Pode-se dizer, na realidade, que nem sabem que existem métodos melhores de agricultura.
Em Plainville, segundo o antropólogo James West, uma série de complexos característicos, por duas vezes, "revolucionaram" a sociedade local".(28) Nota do Autor O primeiro foi o "arado que desbravou a planície" (por volta de 1870) e o segundo foi o automóvel (mais ou menos em 1912). Dificilmente qualquer dos dois causaria em Itá os mesmos efeitos, pois lá o sistema fluvial exige barcos modernos e não carros, e os solos de terra firme, de qualidade inferior, se fossem arados, tornar-se-iam provavelmente lixiviosos em muito pouco tempo. Mas o fato é que não houve qualquer transformação técnica dessa espécie.
Um terceiro complexo que talvez ainda venha a "revolucionar" a sociedade de Plainville é a agricultura científica. Segundo James West, "certa tarde, em 1940, o agente municipal e o professor de agricultura profissional concordaram, sem qualquer discussão, com a seguinte asserção (a respeito de Plainville): "Se