lhes pertenceram, hesitamos na resposta, principalmente no que diz respeito a Portugal.
Ao aludir a colonos, irreprimivelmente surde a lembrança de Roma, a espalhar elementos seus em Cartago, na Gália, na Espanha, no oriente, para defender e assegurar as fronteiras do império, não só com a espada como também com o arado. Os emigrantes levavam consigo a família, usos, costumes e os deuses tutelares da pátria. Labutavam de sol a sol, alongando o agro romano pelos confins do mundo antigo, onde vestígios de templos, arenas e aquedutos, proclamam a grandeza da obra realizada. Mas em relação a Portugal, podemos evocar iguais processos, o governo del-rei dirigindo para o Brasil os mesmos criadores de riquezas? Parece-nos que não. Mormente agora, quando estancadas as correntes de imigrantes superiores (correntes que só foram intensas no fim do reinado de D. Pedro II e durante a república velha, de mal-aventurada memória) mais duramente sentimos o que representam as palavras colono e colonização.
No escasso povoamento de brancos havido no Brasil durante o período colonial, nota-se indubitavelmente alguns traços paralelos ao método empregado pelos antigos. Difundiam os poucos reinóis transmigrados, as tradições peninsulares, certos hábitos europeus, e o poderoso elemento de conquista que se chama Religião. Faltou-lhes, porém, um dos principais, o número, daí o nosso