Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume I

escrúpulo quanto ao povoamento português. Resta-nos à guisa de lenitivo, o adágio "mal de muitos consolo é" sugerido pelo que aconteceu à toda América.

Aportaram no Brasil de 1500 a 1800 pequenas e intermitentes remessas de imigrantes, separadas por longos intervalos, segundo alternativas da rivalidade luso-espanhola. Sugeriam-nas mais acasos militares, cegos e caprichosos, que orientação colonizadora, no atirar comboios humanos, em precárias condições, em sítio de degredo. Quando começaram a aparecer alguns casais na colônia, foi por iniciativa de donatários. Era a abdicação da metrópole, compelida pela vazante do tesouro, a repartir com particulares os lucros da exploração do solo. No correr dos anos, o desenvolvimento da lavoura açucareira, encarregou-se de atrair lavradores espontâneos em levas muito maiores, embora não evitasse que de permeio viessem degredados, homiziados, e outros indesejáveis à coletividade colonial. Finalmente, a luta pela hegemonia da América do Sul, obrigou o governo a guarnecer as fronteiras confinantes com os espanhóis. Foram expedidos açoritas e madeirenses a partir do primeiro quartel do século 17, para a Amazônia, e no mesmo período do século 18, para Santa Catarina e Rio Grande. Não mudara a situação dos ilhéus na transferência, agora isolados em terra, como antes insulados no mar, lutando com dificuldades para se comunicarem

Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume I  - Página 32 - Thumb Visualização
Formato
Texto