Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume I

moças da terra, porquanto realmente era preciso "que' l'esprit soit tombé en quenoüille dans ce pais là", para perder tão boas oportunidades, pois "On sçait combien les bateaux & les autres bâtiments Portugais qui vont chercher des esclaves à la côte de Guiné, sont foibles d'équipage & mal armés, quoique leur guargaison soit toujours de l'or en poudre".

Vinha de mais de um século a progressiva fraqueza dos lusos, às voltas com o aumento de adversários em todo o mundo, suscitando por toda parte reflexões como as do diabo do frade, empedernido pelo contato com negreiros. Desde o desastre da Invencível Armada que se precipitava o ocaso da marinha portuguesa, acentuado sob D. João IV, monarca mal assente no trono, crivado de dívidas, atormentado pela Espanha que se obstinava em expulsá-lo do trono.

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Dieudonné Rinchon esboçou um quadro comparativo do modo como várias nações tratavam os pretos no percurso para a América. Os ingleses, holandeses, dinamarqueses, mantinham os homens na grilheta, e punham algemas nas mulheres. A reduzida tripulação de que dispunham obrigavam-nos a multiplicarem as precauções contra revoltas. Os franceses, mais numerosos, dispensavam maior liberdade

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