à carga, soltando-a das ataduras três ou quatro dias depois da partida, embora conservando-a cuidadosamente encerrada no porão. Uns e outros, e acima de todos os ingleses, tinham demasiada tolerância acerca do contato de marinheiros e cativas.
Quando se levantavam temporais, que obrigavam a fechar hermeticamente as escotilhas, o amontoamento do porão arriscava perecer asfixiado. "On voit les Noirs oppressés et comme étourdis", descreve Labat, "soulever peniblement leur poitrine pour ne respirer qu'un air infect et corrompu. Ils gémissent et crient au secours. La chaleur devient intolerable beaucoup meurent suffoqués. Chaque jour les négriers trouvent des cadavres déjá en putrefaction enchainés à des hommes encore vivants"(116) Nota do Autor.
Passados uns 15 dias de alto-mar, diminuíam os perigos de sublevação, os negros tão deprimidos, que inda alimentassem veleidades de revolta, ser-lhes-ia demasiado custoso apoderar-se do navio. Chegava a escravaria cadavérica à vista da costa americana, o olhar esgazeado, as carnes rechupadas, pele sobre ossos, ventre inchado, coberta de pústulas por fora, e germes devastadores por dentro. Naquela miséria espantaria os compradores, pelo que, os capitães aumentavam as rações de água e comida nos dias anteriores, e mais cuidados de costume, alguns tão minuciosos que pareciam os de mãe extremosa