Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume I

reais, aparecendo obrigações do tesouro com data de 20 de fevereiro, juros de 7.14% ao ano, que não cessaram de ser emitidas, até se tornar necessária a consolidação desses padrões. Subiram os juros a 8%, inda assim com dificuldades em encontrar colocação, e no exterior, pagavam as dívidas del-rei 25% ao ano!

Anemiadas as rendas públicas, deixavam-se submergir pela maré dos déficits, o excesso de despesas a semear desordem nas finanças nacionais. Ilusões "dos fumos da Índia" impediam de ver o desastre que se aproximava; escrevendo Afonso de Albuquerque durante o seu proconsulado, "...custa a mantença de três mil homens no oriente 120 mil cruzados por ano, porém a especiaria que mandam para o reino vale um milhão"!...

O fastígio do poder português expandiu-se no tempo de D. Manoel I, começando as mostras de declínio no reinado seguinte, pelo que, o primeiro foi enaltecido, e o segundo acoimado de todas as culpas. Do exame imparcial da situação da época, não se pode em boa consciência aceitar a injusta sentença de muitos historiadores portugueses, à procura de bode expiatório. Cabem ao "Venturoso" inúmeros erros emprestados ao sucessor (6) Nota do Autor, ao passo que a D. João III

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