podemos reconhecer atos de boa política, de par com a atenuante de ele não ser responsável pelos males viscerais da nação.
A história de Portugal está resumida nessa angustiosa caça de recursos exóticos, a atormentar-lhe a existência de uma ou outra forma desde o começo das navegações. Nos fugazes momentos de bonança, trazidos pela contribuição de além-mar, melhorava o organismo luso, floresciam as letras, artes, ciências, esboçava-se começo de indústria. Ao diminuírem as rendas, tudo fenecia, paralisadas as obras públicas, apodrecidas as naus, entorpecida a vida, embrutecido o povo. Tornou-se única a situação da coroa portuguesa entre as nações possuidoras de comércio ultramarino. Ao invés de levar as colônias e feitorias no seu rasto, era o contrário que se dava, as funções do país subordinadas à produção do açúcar ou mineração do ouro, depois de tê-lo sido do cravo e da pimenta.
Considerada a pequena população do reino, premida pela tanatofobia espanhola, avaliamos o