Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume I

Contudo, andaremos mais acertados, deixando de parte frutos da imaginação popular, hipersensibilizada por desastres nacionais, para ver o interesse do Brasil em terreno menos sentimental.

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O sistema de valorização das colônias adotado desde o século 15 pelos portugueses, consistia em doações de largos domínios a particulares, com extensos privilégios, incumbindo-lhes povoá-los, e numa palavra, torná-los produtivos. Variavam as atribuições segundo caso e pessoa. Havia as capitanias que vigoravam por uma vida, e outras hereditárias; algumas com pequenas cessões de direitos, régios, outras com poderes discricionários. Escreve Paulo Merêa, "Muitas vezes era o descobridor da terra contemplado com a doação, e não faltam mesmo exemplo de se doarem de antemão a certo indivíduo as ilhas ou terra firme que vier a descobrir"(7) Nota do Autor. O sistema ficava subordinado ao sítio em condições de receber imigração europeia, porque do contrário, mantinha a coroa simples feitorias na costa, como sucedia de 1500 a 1530, na maior parte do litoral brasileiro, africano, e índico.

Prosperaram as ilhas do Atlântico, em breve tão fartamente povoadas que serviram de viveiro de

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