Bandeiras e sertanistas baianos

abarcam ou invadem a canoa para descansar da natação ininterrupta. Se passa por debaixo de uma árvore, caem-lhe em cima bolos densos de formigas que ali se haviam refugiado, e enquanto se ocupam em libertar-se desses inimigos sem conta, enche-o de terror ainda maior um tigre ou uma cobra cascavel que se despenca na canoa.

Se para fugir desses monstros atira-se à água, expõe-se aos cardumes de piranhas, que deixaram os remansos à procura de presa, e em um momento o retalharão em milhares de pedaços.

Se, mesmo assim, chega a retirar o seu gado miserável, encontra-o desfalecido pela fome, ferido nas patas pelas piranhas ou pelos jacarés, incapaz de nadar para terra firme, ou investido por onças e guarás esfaimados, contra os quais os cavalos formados em roda, com as cabeças reunidas para o centro, procuram se defender. Assim animais domésticos às centenas caem vítimas das inundações anuais. Para o homem os vapores que as terras sobreaguadas desprendem, depois de passada a enchente, acarretam muitas vezes consequências perniciosas. A folhagem dos matos desfolhados, e muitas matérias animais que demoram pelas beiradas ou pendem do arvoredo nota-se às vezes a carcaça de um boi na copa das árvores, ou o casco de um tatá enganchado nos