Primórdios da colonização. Povoamento.
Assim, no primeiro século, em rápidos traços, as expedições em busca de minas visando o São Francisco; expedições que tiveram seu primeiro impulso no censo administrativo de Thomé de Sousa, fechando-se no ardor entusiástico de D. Francisco, e representam o papel histórico de criar as trilhas, por onde se alojam baianos e paulistas, descerradas as portas do desconhecido para a conquista do ocidente, norte e noroeste, das ribeiras do São Francisco ao Ceará grande e Piauí, além-Parnaíba até o Itapicuru e Mearim, no Maranhão.
No São Francisco, portanto, à parte o ouro que deu origem a tantas entradas infelizes, sob o aspecto de lucros imediatos, temos de notar a contínua incursão de bandeiras constituídas de predadores de índios que, em luta ou aleivosamente, escravizavam o aborígene e o conduziam para o litoral, vendendo aí para o trabalho dos engenhos ou como doméstico.
O bandeirante, o sertanista que penetrava no mato para \"descer peças\" ou pesquisar ouro, além dessa função econômica, era um fator antropogeográfico importante: abria o caminho, delimitava o quinhão, marcava o ponto de estabelecimento que as correntes colonizadoras transformavam em moradias fixas, servidas por estradas imperfeitas, mesmo assim, vias de comunicação de