Bandeiras e sertanistas baianos

Parece ser empenho do senhor Presidente de Minas que se escreva a História do Estado na altura do seu prestígio e da grandeza dos fatos que a sobredoiram. Sob todos os pontos de vista digno de louvores é a realização desse desejo; e, nenhum outro grêmio de boas letras poderia satisfazer ao Exmo. Sr. Dr. Antonio Carlos melhor que o Instituto Histórico e Geográfico de Minas. Para isso, distribuíram-se 42 teses pelos mais conspícuos Membros daquela sociedade, e, estou certo, darão todos eles, em tempo oportuno, se ainda não o fizeram, o mais fiel e brilhante desempenho à incumbência.

Não se lembraram de mim, nem eu fiquei magoado por isso; mas, como sou um daqueles que mais prezam e estimam a esclarecida companhia, venho, sem nenhum ressentimento, trazer como contribuição, desvalorizada embora, estas páginas que ousei escrever nos momentos do folga, longe de fontes documentais, servindo-me apenas de ligeiras notas e passadas leituras, e, mais que tudo, das lições sábias o opulentas do meu saudoso e venerando mestre Capistrano de Abreu, de quem é a única parte valiosa deste modesto trabalho.

Subordinei o que escrevi ao espírito da 5a. tese, que me atrevi alterar, dando-lhe o seguinte enunciado:

As avançadas baianas e o povoamento do norte de Minas. Paulistas e baianos: minas de ouro e currais de gado. Estradas e roteiros.

Por maiores e mais relevantes que tenham sido os trabalhos de penetração dos paulistas, realizados