Bandeiras e sertanistas baianos

grande utilidade, meio de permuta no comércio desses núcleos irradiadores de povoamento e, portanto, de civilização.

O proprietário ou foreiro tem que abrir brecha com as mãos ocupadas, ora dos instrumentos de trabalho, ora da escopeta e terçado. A indiada tem de ser batida; o colono tem de escorraçá-la para o sertão bruto à custa de todos os esforços. O silvícola oferece a mais tenaz resistência à conquista; e só dizimado recua.

Os estabelecimentos pastoris, ou os sítios de plantação com o seu curral, semeiam-se por uma e outra margem do grande rio, notando-se a bondade de seus campos para a criação e ótimas terras de cultura para a lavoura.

O vale central de São Francisco, como as proximidades de sua foz, povoa-se desde logo, é devassado; e este povoamento é quase que exclusivamente feito pelos baianos.

Vejamos como se deu o notável acontecimento.

O Regimento de 17 de dezembro de 1548, escrito pelo Conde da Castanheira e dado a Thomé de Sousa por D. João III, em não menos do dois artigos trata especificadamente da colonização do São Francisco:

(1) Quando as terras e águas da dita capitania que estão fora do termo que ora ordeno