Bandeiras e sertanistas baianos

bateia, onde tudo vai ajuntar-se; a confederação aborígene significava a defesa da posse do grande rio; porém, como a civilização dali os compelia, tomaram armas, infelizmente para eles desiguais, e só dizimados afastaram-se.

Foram para além do Parnaíba; ganharam a altiplanura que sobe até Goiás, buscando o Tocantins, para aí permanecerem nômades ou localizados em núcleos, afastando-se de novo, e cada vez mais, ou fugindo, embrenhando-se nas matas.

Neste recuar, assistimos ao desaparecimento de muitas tribos, mesclando-se seus remanescentes com os conquistadores. De Quiriris e Pimenteiras, logo extintos, nem se fala hoje, restando de seu sangue o cearense, tipo de resistência sem-par, vencendo as mesmas calamidades. O sertanejo pernambucano de Pajeú de Flores traz nas veias alta porcentagem de sangue daqueles seus indomáveis ancestrais.

Elementos étnicos. Sub-raça.

O São Francisco representa na história pátria esta feição característica: caldeou em suas margens as três raças, dando como produto o topo inconfundível do "barranqueiro". Daí procede este misto que não é nem herói nem bandido, e ao mesmo tempo nos parece ambas as cousas; e nós lhe chamamos "jagunço". Este, quando a soldo individual, diz-se "capanga" ou "guarda-costas".