A Argentina, país progressista que recém conseguira libertar-se de Rosas, mas tinha, então, no poder, um cidadão do valor e do saber de D. Bartolomeu Mitre, estava, contudo, em condições piores que o Brasil, pois suas províncias viviam a digladiar-se, em lutas políticas e fratricidas, que se vinham prolongando desde 1860, conforme se vê da preciosa documentação reunida no Archivo del General Mitre.
D. Bartolomeu Mitre, eminente estadista, legítima glória da política e das letras da República Argentina, lutava com denodo e o mais são patriotismo no árduo mister de pacificar e harmonizar a família argentina infelicitada ainda e dividida por meia dúzia de caudilhos, alguns de grande valor, como Urquiza, mas de pouca confiança.
O Exército argentino estava mais ou menos em condições, se bem cansado, exausto desde Pavón. Era superior ao do Brasil, mas talvez não atingisse a 30 mil homens.
A esquadra era pequena, sendo seus navios principais o "25 de mayo", o "Gualeguay", o "Guarda Nacional", e os transportes "Pavón" e "Pampa", além de outros.
O Uruguai, independente desde 1828, vivia um regime verdadeiramente terrível, com as contínuas lutas e comoções internas.
Estava, quando Solano López lhe declarou guerra, completamente exausto. Saíra recém de uma luta titânica, auxiliado pelo Brasil, contra o partido blanco, então dominante, e francamente favorável à guerra de conquista do ditador paraguaio.
Sua esquadra era insignificante e seu Exército, se bem valoroso, destemido, ousado e disciplinado como o da Aregnt:na, diminuto. Talvez não fosse, no momento, igual ao do Brasil que era, em verdade, irrisório, estando, além disso, em sério perigo porque grande parte dele pertencia ao partido blanco deposto naqueles dias, partido que dadas as relações anteriores com López e, mesmo, os compromissos assumidos, poderia declarar-se a favor daquele ditador, contra a Pátria.