A Opinião, jornal corumbaense, ao noticiar-lhe o falecimento: Marchemos, senhores, a guarnecer o ponto abandonado, e quando não possamos impedir a passagem do inimigo, que ao menos façamos conhecer que protestamos por meio da nossa artilharia. Que me acompanhe quem quiser. - Raros desembarcaram".
E Cuiabá serenou. O terror desaparecera como por encanto. E todo o mundo queria lutar, queria ir para as trincheiras defender a Pátria ultrajada.
Mas, os paraguaios prosseguiram, por outros lados, e atingiriam vasta zona, do extremo sul a Corumbá.
Tal, pois, a situação criada em Mato Grosso que, além de desguarnecido, encheu-se de terror pânico, terror de que somente o prestígio de Leverger conseguiu livrá-lo.
Mas o paraguaio por lá ficou até 1868.
Já um pouco mais feliz foi o Rio Grande do Sul, quanto à duração da invasão (10-6 a 18-9-65).
O Rio Grande, aliás, em matéria de invasões, desde sua fundação, e especialmente de 1763 em diante, foi delas vítima, saindo-se, porém, sempre galhardamente e, o que mais é, no geral com seus próprios recursos, com seus soldados improvisados.
O Rio Grande deu, sempre, o maior número de soldados ao Brasil, em todas as contingências, e figurava, continuamente, na vanguarda, recebendo os primeiros choques. Seus filhos nasciam, por assim dizer, ao som da artilheria, no lombo dos cavalos, nos "entreveros" e nas atrevidas cargas de cavalaria.
A seguinte estatística militar de 1865, dava um total de 16834 homens efetivos do Exército nacional, assim divididos:
Alagoas, 158; Amazonas, 302; Bahia, 1527; Ceará, 356; Corte, 2642; Espírito Santo, 145; Goiás, 619; Maranhão, 970; Mato Grosso, 1327; Minas Gerais, 306; Pará, 808; Paraíba, 293; Paraná, 217; Pernambuco, 2092; Piauí, 366; Rio Grande do Norte, 106; Rio Grande do Sul, 2629, mais 894