de campaña, facinerosos, robadores de mujeres pelo hábito que tinham, em consequência da vida nômade, de roubar índias e "chinas", - e, mais tarde, ficaram conhecidos por gauchos ó gauderios.(7) Nota do Autor
E formaram-se as estâncias e fazendas, estâncias e fazendas que foram, no Rio Grande do Sul, a origem guerreira por excelência, e o cadinho em que se fundiram seus heróis.
"Como na Europa medieval, - escrevemos algures,(8) Nota do Autor - toda dividida por centenas de ducados, condados, marquesados, viscondados, senhorios, etc., também o Rio Grande de São Pedro do Sul foi dividido em sesmarias e fazendas ou estâncias.
Tal como o duque, o conde, o marquês, ou o senhor medieval, o sesmeiro, fazendeiro ou estancieiro do Rio Grande era o senhor absoluto de suas terras e, como aqueles, armava os seus homens, escravos, peões e filhos, em defesa ou para a represália a alguma ofensa de vizinho ou do estrangeiro.
Menos bárbaros, menos agressivos, menos amigos de guerras, os primeiros estancieiros do Rio Grande eram, contudo, uma espécie de senhores feudais, não por índole guerreira, como os da Europa medieval, mas somente forçados pelas circunstâncias.
As contínuas lutas de conquista, provocadas e alimentadas desde o descobrimento do Rio da Prata pela rivalidade entre espanhóis e portugueses, obrigavam os estancieiros a manter-se constantemente alertas, em defesa de suas terras e de seus lares.
A metrópole mal podia sustentar seu poderio no centro da colônia, por falta de elementos e recursos bélicos. Seus Exércitos eram diminutos demais para velar sobre todo o vasto território do Brasil. E depois... a colônia era uma simples colônia à qual tudo tirava e pouco dava.