em certas épocas, os chefes, com dificuldade por falta de soldados.
Abandonavam, sem mais nem menos, as fileiras de seu Exército e, assim como saíam, voltavam dias, semanas ou meses depois, para prosseguir, com mais ardor, na mesma luta passando fome e curtindo frio, sem ter, muitas e muitas vezes, um punhado de farinha para comer e uma camisa para vestir. Mas isto não os aborrecia, pois, mesmo assim, passavam algum tempo nas fileiras para, de repente, as abandonarem e novamente voltarem.
E assim eram, também, ainda em muito grande parte, os voluntários dos corpos formados no Rio Grande do Sul para combater os paraguaios. E daí o estarem vários deles com sua gente licenciada no momento da invasão.
Essa indisciplina somente desapareceu depois da guerra, pois os chefes foram obrigados a aplicar severas penas aos desertores e educar seus soldados, com energia, na disciplina militar, transformando-os em soldados verdadeiros.
Foram as Campanhas Platinas a causa principal do ódio de Solano López ao Brasil, incentivado por políticos inescrupulosos.
Ele não admitia rival. Queria ser o único - El Supremo - da América do Sul.
Por isso não viu com bons olhos a luta contra Rosas; não viu com bons olhos a campanha de Montevidéu e sobretudo o exaltou a mão forte dada pelo Brasil ao general Venâncio Flores, adversário de seus aliados do partido blanco.
As causas da guerra do Paraguai estão nitidamente estudadas na preciosa obra do coronel Souza Docca - Causas da campanha com o Paraguai - e que se resumem mais ou menos no seguinte:
"Francia, tirano terrível endeusado por Carlyle e Augusto Comte, reduziu a zero a consciência paraguaia. Os López continuaram as tradições de Francia e, além disso, armaram o Paraguai de maneira formidável. Entretanto, o Rio da Prata vivia no regime dos caudilhos. - Na Argentina, os Facundo