O que, porém, apressou essa guerra foi o auxílio dado ao general Flores pelo Brasil, depois do protesto Saraiva.
Essa questão culminou com a retirada de Saraiva de Montevidéu e o protocolo que, com o ministro Elizalde, firmou em Buenos Aires, no qual eram garantidas a independência, integridade e soberania do Estado Oriental.(10) Nota do Autor
Constava, esse protocolo, de três itens.
No primeiro reconheciam que a paz da República do Uruguai era condição indispensável para a conclusão completa e satisfatória de suas questões internacionais, sempre que estas não fossem de encontro a sua integridade territorial.
No segundo reconheciam que tanto a Argentina como o Brasil, podiam, em suas relações com o Uruguai, em casos de desenteligência, proceder como procedem todas as nações, usando de meios lícitos para dirimi-las sem, contudo tocar na integridade de seu territorio.
No terceiro acordam os governos da Argentina e do Brasil auxiliar-se mutuamente por meios amistosos nas suas questões com o Uruguai "como prueba de su sincero deseo de ver concluida la situación actual que perturba la paz del Rio de la Plata".
Francisco Solano López, como era bem de ver-se, dado seus antecedentes e malogro na sua pretendida mediação, não gostou em absoluto desse protocolo, vendo, nele motivos para a agressão que, meses mais tarde, levou a efeito.
Com as cousas assim paradas, o ano de 1864 foi, em verdade, trágico.
O Uruguai vivia em luta. Blancos e Colorados estavam em guerra acesa. O Brasil e os direitos de seus súditos no Uruguai eram, pelos blancos, conspurcados, obrigando-nos à represália que culminou, como vimos, com a missão Saraiva e a aliança final com o chefe colorado.
Os blancos haviam feito aliança com Solano López e quando o Brasil resolveu unir-se a Flores contra Aguirre, esperava