A invasão paraguaia no Brasil

este e seus partidários o pronunciamento do ditador paraguaio, pronunciamento que a princípio se limitou ao protesto de 30 de agosto quando declarou a paz em perigo pelo protocolo argentino brasileiro de 22 do mesmo mês, e que se tornou efetivo em novembro com o apresamento do "Marquês de Olinda".

Que a finalidade dessa agressão era o compromisso assumido com os blancos não resta a menor dúvida e claro é o questionário a que foram submetidos os tripulantes do vapor apresado:

"Conduziram-me a uma pequena casa, - diz um dos prisioneiros de López, passageiro do 'Marquês de Olinda',(11) Nota do Autor - próxima ao desembarque e aí fui apresentado a uma comissão presidida por um coronel, a qual depois de me deferir juramento, perguntou-me: 1° Se não sabia do protesto de 30 de agosto daquele ano? - Respondi que tinha notícia porque dela tratara uma carta de Montevidéu transcrita no Jornal do Comércio. 2°, Se eu não sabia da entrada de forças brasileiras no Estado Oriental. Respondi que ouvi falar que para lá tinham marchado. 3°, Se levava alguma instrução particular de meu governo. Respondi negativamente, acrescentando que o meu emprego sendo secundário só tinha que cumprir ordens do meu comandante. 4°, Como me atrevia a passar pelas águas do Paraguai, sabendo destas cousas e se eu não temia da guerra que estava declarada ao Brasil. Respondi que não havia semelhante declaração de guerra, e que eu tinha de cumprir as ordens de meu governo".

Mas não só no Uruguai tinha partidários o ditador López. Na Argentina também havia partidários da política lópizta, figurando, entre eles, o general D. Justo José de Urquiza.

Urquiza era aliado de López. Suas atitudes anteriores e posteriores o provam e no Archivo del general Mitre há mais de um ofício que a isso se referem.

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