Mas ele próprio ficou surpreendido com a atitude de Solano López na invasão de Corrientes e, em vez de auxiliar seu aliado, correu a Buenos Aires pedindo instruções. Sua atitude, porém, foi, sempre, dúbia.

Além de ser amigo de López, era inimigo político de Mitre.

"Um dos pontos, - escreveu Galanti,(12) Nota do Autor - que desde o princípio preocuparam os aliados, era o procedimento que teria o general Urquiza: pois constava ser ele amigo de López quando viram o velho general dirigir-se a Buenos Aires e pôr-se, com a gente da sua província, à disposição do governo da República. Como, todavia, fosse difícil dar-lhe plenamente crédito, os plenipotenciários recusaram admiti-lo aos segredos da aliança, sob o pretexto de ser ele simples governador de uma província. Contudo soube Urquiza inculcar tão bem o seu patriotismo, que afinal Mitre e Flores acreditaram na sinceridade de suas intenções, e até concordaram em confiar-lhe o comando de toda a cavalaria que reunisse na sua província de Entre Rios, e que devia formar uma vanguarda com operações independentes. Reuniu de fato Urquiza dez mil homens de milícias, na maior parte cavalaria de gaúchos legítimos. Mitre forneceu armas e munições, mas Urquiza pagou o soldo. Concentrou as suas tropas em Basualdo, aguardando nesse lugar o sinal de marchar contra os paraguaios. Entreteve relações de amizade com os generais do acampamento de Concórdia, deixando só de manifestar confiança em Flores. Em uma de suas visitas a esse acampamento foi surpreendido pela notícia de se ter quase todo o seu contingente dispersado levantando-se contra a Tríplice Aliança. Regressando então a Basualdo, encetou medidas repressivas e tratou de justificar-se perante os aliados, que, todavia, entregaram a vanguarda a Flores. Tentando por diversas vezes arredar de si as suspeitas, remeteu em 1866 para o acampamento dos aliados 250 homens, os quais a bordo do transporte que os conduzia, se amotinaram, sendo por isso reenviados.