Ficam, portanto, duvidosas quais fossem realmente as intenções de Urquiza nesta última fase da sua vida, à qual mais tarde pôs termo o seu próprio genro.
O certo é que ele, retirando-se para sua residência de S. José, desapareceu da cena política".
Em vista de tudo isso, lógico é concluir-se de que foram, principalmente, os que se achavam à frente do governo uruguaio de 1861 a 1864, os causadores da guerra.
Aliás, Souza Docca(13) Nota do Autor baseado em forte documentação afirma categoricamente:
"Os causadores da guerra com o Paraguai foram - é preciso dizer sem ambages - os homens que se acharam à frente do governo do Estado Oriental do Uruguai de 1861 a 1864, isto é: Bernardo Prudencio Berro, Atanasio Cruz Aguirre, Juan José de Herrera, Octavio Lapido, Antônio de las Carreras e José Vasquez Sagastume - e como causadores conscientes e incitadores insinuantes, tornaram-se responsáveis por esse tremendo e memorável conflito, em que o insano, presumido e ambicioso Francisco Solano López representou um negregado papel, pela maneira satânica e perversa com que se houve para provocar a luta e durante o decurso desta, longo, sangrento, e penoso, - e porque foi ao mesmo tempo causador, provocante e autor, deve por isso ser considerado como o maior réu do grande crime que foi aquela guerra".
A guerra do Paraguai não foi produto de ação reivindicadora por parte do Paraguai, como seu ditador fez constar e ainda hoje alguns historiadores menos escrupulosos afirmam, e, sim, produto da vaidade, do orgulho e da cegueira, sentimentos esses incentivados por políticos inconscientes, conforme ficou dito linhas acima.
Juan Bautista Alberdi, escritor argentino, citado por Souza Docca, chegou ao desplante de proclamar que "toda República sul-americana deve ser aliada natural de todo Estado europeu ou norte-americano que tenha conflitos com o Brasil e de antemão