o Imperador, as eleições, a lealdade, o brilho, a graça, o perfume dum ambiente que não conheci e do qual vivo exilado, tudo isso de sobejo dispensa qualquer recompensa".
Na verdade, o Dr. Luiz da Câmara Cascudo, embora, o que não acreditamos, deixe de imprimir e divulgar a sua obra, e possui títulos para a mais lisonjeira aceitação, deve estar satisfeito, pois recebeu da própria consciência a segurança de haver executado excelente e desinteressada tarefa, servindo a verdade e a justiça.
Para espíritos nobres é quanto basta.
Acresce o aplauso, a admiração de quantos o lerem.
Surpreende, e, a um tempo, incute respeito o fato de que, trabalhando "num fundo de província, sem ânimo e sem estímulo para essa atividade que não é política nem louvaminheira" (frases do autor) desprovido de bibliotecas, arquivos, pontos de informação, raras e difíceis mesmo em nossos centros intelectuais, tenha ele adquirido tamanha e tão exata noção dos debates parlamentares, das facções partidárias, dos personagens, não já superiores mas subalternos, de datas, nomes, de incidentes descuidados dos cronistas mais em voga.
Qual teria sido no Brasil reino e nos tempos do Império o papel de Marquês de Olinda?