pelo brilho dos altares, pelas músicas ruidosas, pelos desfiles de gala, o brasileiro esteve, depois de 1831, governado por civis, homens vestidos de preto, cerimoniosos, recatados, modestos, inimigos de rumor, de grita e de aclamação.
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Da Europa nos veio a idolatria pelas monarquias parlamentares dos ingleses e pelos reis democratas de França com suas Câmaras sonoras e lindas. Depois de 1870 o fulcro é Washington. Rutila o imã que Joaquim Nabuco dizia estar suspenso na cúpula do Capitólio. Agora republicanos e liberais exaltados já têm sua marotte. E ela veio até nossa geração que ainda tateia indecisa a substituta entre Roma e Moscou.
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Que foi, nesse complexo, a figura de Pedro de Araujo Lima, marquês de Olinda?
Filho de senhor de engenho, pernambucano de velha família, educado em Coimbra, deputado às Cortes de Lisboa, morre senador, ex-Regente do Império, numa continuidade de marcha espiritual. Ele é um dos vagos indicadores da política de lentidão e de vagar que o Brasil necessitava. Ele é o inimigo da cultura política que só aparece nos povos exaustos de todos os regimens.