vista quase proustiano da casa - obrigou-o a socorrer-se menos desses ilustres historiadores e dos cronistas do tipo de Macedo, de Vieira Fazenda e de Pereira da Costa do que de material ainda virgem, ou quase esquecido: arquivos de família, livros de assento, atas de Câmaras, livros de ordens régias e de correspondência da corte, teses médicas, relatórios, coleções de jornal, de figurinos, de revistas, estatutos de colégios e recolhimentos, almanaques. Sem desprezar, é claro, diários e livros de viajantes estrangeiros.
Na tradução e na cópia de alguns desses documentos ou livros, foi valiosíssimo o auxílio de José Antônio Gonsalves de Mello Neto, que se vem especializando no estudo da língua holandesa, para melhor conhecimento da história do domínio holandês no Brasil; também o de Manuel Diegues Júnior, José Valadares, Diogo de Mello Menezes, nos arquivos do Recife e de Alagoas e o do jovem escritor Francisco de Assis Barbosa, na cópia de anúncios das gazetas coloniais, da excelente coleção da Biblioteca Nacional, que tão gentilmente me franqueou o seu diretor, o velho e sábio mestre Rodolpho Garcia. Devo também agradecer as gentilezas e facilidades que me dispensaram o Dr. Alcides Bezerra, diretor do Arquivo Nacional e o Dr. José Maria C. de Albuquerque, diretor da Biblioteca Pública de Pernambuco. Valiosa, ainda, a colaboração de D. Vera Mello Franco de Andrade, que traduziu do sueco, especialmente para este trabalho, as páginas que Johan Brelin dedica à arquitetura da cidade do Rio de Janeiro, no seu livro de viagens do século XVIII. E não devo esquecer a excursão a Minas Gerais - a visita a algumas de suas casas-grandes mais típicas, a alguns dos seus sobrados mais característicos, o contato, embora rápido, com alguns dos seus arquivos, na boa e inteligente companhia de Afonso Arinos de Mello Franco e de Luís Camilo de Oliveira Pena. Nem as horas passadas no Museu Paulista,