Luiz Gomes Ferreira, cirurgião português que clinicou em Minas, no primeiro quartel do século dezoito, e cujos trabalhos sobre o Maculo e outras doenças existentes entre nós, naqueles tempos, são dos mais dignos de apreço, nada diz sobre o Bicho da Costa no seu "Erário Mineral" (99) Nota do Autor.
Silva Lima, nas minuciosas buscas bibliográficas a que se entregou para precisar a época da importação deste mal, apenas pôde encontrar uma referência num tal Martins, que ele não sabe bem quem seja. Este mesmo "limita-se a mencionar o Bicho da Costa entre as misérias que afligiam os pretos que aportavam ao Brasil" (100) Nota do Autor.
Sigaud (101) Nota do Autor, já no século dezenove, diz ter visto seis casos de dracunculose no Brasil, assinalando que "ela se encontra muitas vezes nas diversas partes do corpo dos negros".
No entanto, a procedência africana de semelhante parasito não pode merecer dúvida alguma, esteiada como está no consenso unânime de todos os que têm investigado, com segurança, o sugestivo assunto.