Nem sempre, porém, as coisas chegam, deste modo, ao seu termo final, "pois as dores que experimentam os doentes, durante a marcha, obrigam-nos a recorrerem antes disso ao médico ou, por sua própria declaração, a apressarem a queda por meio de diversos processos mais ou menos grosseiros".

Para maior suplício dos doentes, o Ainhum é uma doença de uma fatigante e martirizadora cronicidade, podendo durar de um a dez anos a fustigar-lhes a paciência, até a completa eliminação do dedo que é somente quando se sentem aliviados, retornando assim aos seus antigos misteres.

E não eram poucos os vitimados pelo Ainhum que, uma vez livres do dedo imprestável, se viam, então, a perambular por toda a parte.

"Quem se der ao trabalho de reparar nos pés dos pretos africanos nos lugares públicos onde eles se reúnem, dizia Silva Lima (117) Nota do Autor, encontrará alguns a quem faltou um ou ambos os dedos mínimos dos pés."

Doença de uma frequência relativa, entre nós, ela foi cada vez mais desaparecendo do nosso meio e, como fogueira que se apaga lentamente, alimentada não sei por que resquícios de combustível,