Doenças Africanas no Brasil

dúvida, importadas do continente negro, inúmeras vezes, com as sucessivas vindas de escravos africanos, somente a forma intestinal conseguiu localizar-se, domiciliar-se e disseminar-se, cada vez mais, no nosso país, a ponto de já se contarem por milhões as pessoas infestadas, entre nós, pelo Schistosomo de Manson.

Se algum caso de schistosomose vesical tem sido observado no Brasil o foi certamente, em pessoa que contraiu a doença noutro continente, mas que não conseguiu transmiti-la aqui a uma só pessoa.

E este fato se deu à falta de um hospedeiro intermediário, pois, nem o Schistosomo hematóbio logrou viver entre nós, nem o logrará, certamente, o japônico se, porventura, o trouxerem, parasitando os seus corpos, os japoneses que, em grande quantidade vêm imigrando para o nosso país.

Resta-nos, e já é demasiada, a contaminação pelo Schistosomo de Manson, que aqui encontrou um clima por demais propício à sua proliferação e um hospedeiro de primeira ordem para o seu ciclo evolutivo: — o "Planorbio oliváceo", encontrado, com frequência, em Bahia e Sergipe; o "Planorbio centimetral", menor que o precedente, existindo em abundância nos Estados brasileiros do nordeste; e, finalmente, o "Planorbio guadalupense", no extremo norte do Brasil.