Doenças Africanas no Brasil

um certo número de epidemias por ele constituídas, no Gabão, no Egito, no Congo belga e em outros países daquele continente.

Em 1910, negros africanos, refere M. Leger (139) Nota do Autor, transportaram o Alastrim para o Brasil e para diversas outras localidades da América, além de ser observado também, ultimamente, nos Açores e Ilhas adjacentes, com violência não pequena, apesar das medidas de profilaxia adotadas, sabiamente, pelas autoridades sanitárias destes países.

Entre nós o mal africano foi estudado, em primeiro lugar, pelo eminente sanitarista Dr. Emilio Ribas, de S. Paulo, que, observando alguns casos naquela capital, conseguiu, submetendo-o a rigoroso inquérito patológico, diferenciá-lo da varíola e de outras doenças pertencentes ao grupo das epitelioses, criado com muita propriedade pelo professor Borrel, (140) Nota do Autor e considerando-o sob muitos títulos, doença autônoma e muito bem diferenciada de suas coirmãs.

Era, assim, desgraçadamente, mais uma doença importada com que enriqueciam o nosso nosogenismo, os povos mal-aventurados do continente negro.