País desprovido de achaques e de mazelas de qualquer natureza, segundo asseveram aqueles que, de "viso", ou através de dados arqueológicos, encontrados aqui e ali, entre os colecionadores de "papéis velhos" e os pesquisadores de coisas antigas, observaram as nossas primitivas condições mesológicas; eis que se vai enchendo, mais e mais, de enfermidades de toda a ordem e de todos os feitios.
Entre as obras preciosas que nos podem dar ensinamentos da patologia brasileira, sobretudo dos seus primeiros núcleos de população, ocupam saliente lugar as Crônicas da Companhia de Jesus do Estado do Brasil relatadas por Simão de Vasconcellos e publicadas em Lisboa em 1865.
Compulsando-as ficaremos sabedores de que em 1549 houve uma pavorosa epidemia na Capitania da Bahia, não identificada nosograficamente por aqueles que, por ventura, a observaram — leigos que eles eram em assuntos médicos — mas que os Jesuítas diziam ser "invenção que faz o Demônio de doença grave" e que "deu muito o que fazer ao Inferno ver tantas almas convertidas em tão breve espaço; receava que de cento viessem a milhares e viesse a ser privado ele do domínio de tão grande gentilidade. Saiu com enredo terrível, porque foi acabar de