História do Brasil T2: A formação, 1941

O padre Figueira socorreu-se dos índios de Jaguaribe e dos petiguares, que lhe eram favoráveis. Junto ao rio Ceará levantou um cruzeiro, e ajudou-os a fazer uma aldeia, a que chamou de São Lourenço. E pouco seguro da obediência dos caboclos valeu-se do barco que lhe mandou Jerônimo de Albuquerque - com o padre Gaspar de São Peres, o "grande arquiteto e engenheiro"(1) Nota do Autor - para tornar ao Rio Grande e Pernambuco.(2) Nota do Autor Não teria destino diferente do companheiro que lá ficara, espostejado pelos tapuias: o seu martírio, às mãos dos "aruans" do Pará, assinalou, em 1643, uma fase nova da colonização do extremo norte.

O duplo fracasso - de Pero Coelho e da catequese de Ibiapaba - era de ordem a desviar daquele arenoso litoral a atenção do governo.

Recairia no primitivo abandono se o estrangeiro não se incumbisse de revelá-lo de novo a Portugal.

Foi a ocupação do Maranhão que para lá atraiu - desta vez definitivamente - o povoamento esquivo e difícil. Porque o ciclo dos corsários, inaugurado pelos pilotos de Jean Ango, não terminara. A Paraíba e Sergipe tinham sido tomadas aos aborígenes graças a esse "perigo francês". O Rio de Janeiro e Cabo Frio colonizavam-se por força da mesma necessidade - de exclusão e combate do intruso. Dir-se-ia que era ele o guia da expansão portuguesa nestas plagas desertas.

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