História do Brasil T2: A formação, 1941

Restava o Maranhão. Se os franceses não se insinuassem pelos recortes do litoral a aliciarem os tapuias,(1) Nota do Autor como costumavam na Paraíba e no Rio Grande, também da Bahia e Pernambuco não se apressariam a conquistar a costa batida por um mar impetuoso, que tanto podia-se chamar-se do Syará (topônimo indígena) como Sahara... Mas, à presença do invasor, não houve mais hesitações. Não houve quanto ao Ceará, ao Maranhão, ao Amazonas nos seus mais remotos e misteriosos afluentes. É o que adiante veremos.

AS BALEIAS

Postos em ordem os assuntos de Pernambuco recolhera-se Diogo Botelho à Bahia, que parecia renovada com a riqueza que lhe trouxera o biscainho arpoador de baleias: a abundância de azeite.

Pedro de Orecha foi um precursor modesto. Com os seus marinheiros "começou a pescar, e ensinados os portugueses se tornou com elas (as duas naus) carregadas, sem da pescaria pagar direito algum: mas já hoje (1627) se paga e se arrenda cada ano por parte de Sua Majestade a uma só pessoa, por 600$000 pouco mais ou menos, para lustro de ministros"(2) Nota do Autor. Não valia apenas a receita: importava a melhoria dos costumes. O azeite iluminara a noite colonial. Sobretudo "os engenhos que trabalham toda a noite e, se houveram de iluminar-se com azeite doce, conforme o que se gasta e os negros lhe são muito afeiçoados, não bastara

História do Brasil T2: A formação, 1941 - Página 23 - Thumb Visualização
Formato
Texto