História do Brasil T2: A formação, 1941

PAZES INESPERADAS

Achou-se porém indispensável mais gente paulista, para a "guerra dos Bárbaros do Rio Grande cuja extinção total é a única defesa que segura de suas hostilidades aquela Capitania e todas as mais do norte", na severa linguagem do arcebispo D. fr. Manuel da Ressureição.

Veio Matias Cardoso de Almeida "pelo Sertão chamado por ordem deste governo da Capitania de S. Vicente ao Rio de S. Francisco trazendo mais de cem homens brancos com seus oficiais",(1) Nota do Autor entre estes Manuel Alvares de Moraes Navarro, sargento-mor, e João Amaro (veterano da "entrada" de 1674) no posto de capitão-mor. Com isto Domingos Jorge ficou de mãos livres para atacar os Palmares. Revezaram-se no nordeste esses guerrilheiros famosos. "Governador absoluto" da guerra ao tapuia, Matias Cardoso foi estabelecer-se (março de 1690) na barra do Jaguaribe; Domingos Jorge, mestre de campo do seu Regimento, marchou para as Alagoas. Mas pouco fez o primeiro, sem forças para uma guerra conclusiva(2) Nota do Autor. O governador do Rio Grande (janeiro de 91) inquietou-se, saiu a encontrar Matias Cardoso, e a luta se reacenderia se não sobreviesse a mais imprevista das conciliações. Um português, João Paes Florião, tivera amores com a filha do maioral Nhonguge, cunhado de Canindé, "rei" daqueles tapuias. Aproximou-se de novo dos Janduins e com palavras amigas alcançou que aceitassem a paz, mandando

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