foi decisiva, ao tempo de Câmara Coutinho. "E enquanto ao Regimento para o governo dos índios, e com os moradores, me louvava Vossa Majestade que o fizesse com a aprovação e conselho do Padre Antonio Vieira pela sua experiência e zelo que tem no serviço de Deus..."(1) Nota do Autor Assim fez. Colaborou na criação da Casa da Moeda, na reorganização das missões, nos problemas do estado, sem deixar de cumprir a ordem do Geral da Companhia para reduzir a volume os seus Sermões. Só não poude concluir a Clave Prophetarum que era o livro da velhice - quando o vezo de descobrir o futuro e o gosto de vaticiná-lo o consolavam das ilusões perdidas... Morreu no Colégio, em 18 de julho de 97 e, dous dias depois, o acompanhou no túmulo Bernardo Ravasco.(2) Nota do Autor.
No Maranhão, em 1656, a consolar os sertanistas desenganados das minas que procuravam, meditou Vieira: "É para que comecemos pelos perigos que podem vir de fora, e de mais longe; se este estado sem ter minas foi já requestado e perseguido de armas e invasões estrangeiras; que seria se tivesse esses tesouros?" "Mas dado que as minas tão esperadas e apetecidas não tivessem por consequência de sua fama estes perigos de fora, bastava a consideração dos trabalhos e misérias domésticas, que com elas se vos haviam de levantar de debaixo dos pés, para que o vosso juízo, se o tivésseis, tratasse antes de sepultar as mesmas minas depois de achadas, que procurar de as desenterrar e descobrir, ainda que foram muito certas".(3) Nota do Autor.
Fechou os olhos quando a previsão ia realizar-se.