História do Brasil T2: A formação, 1941

AÇÚCAR

O açúcar elevou-se, em 1580-1600, em produto típico do litoral, que dera fisionomia, densidade de população, inconfundível aspecto social aos recôncavos da Bahia e do Rio de Janeiro, à costa de Pernambuco e da Paraíba.

Em 1636, eram "os dízimos do açúcar dos ditos engenhos o maior nervo da guerra e da fazenda... neste estado"(1) Nota do Autor, razão por que pedia o governador D. Pedro da Silva que não fossem tomadas por dívidas partes de engenhos, mas os seus rendimentos. Necessitava-se acautelar a indústria e a classe poderosa que dela vivia. Em 1660 - tão depressa se refazia! - moíam na Bahia setenta dessas fábricas...(2) Nota do Autor Não esqueçamos que a frota de Lichthardt deixara apenas cinco de pé, em 1640.

A liberdade do fabrico de aguardente (de novo condenado, sem resultado, em 1656)(3) Nota do Autor contribuíra fortemente para esses aumentos. O tráfico africano - intensificado após a retomada de Angola aos holandeses - consumia o produto, que, no Brasil, ia substituindo os vinhos do Reino, caros e escassos. Talvez a irregularidade dos suprimentos da Companhia Geral de Comércio, agravada pelo tributo posto aos vinhos da Europa, habituasse a colônia a passar sem ele, contentando-se a pobreza com a aguardente ou "geribita". Antes em Angola corriam por moedas os búzios de Ilhéus. Agora (1693) a aguardente "é só o gênero que há nele para se levar à Angola para resgate dos negros e cargas dos navios que daqui vão..."(4) Nota do Autor

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