viagem à corte brasileira de D. João VI, em condições extremamente favoráveis, leva apenas 30 dias da capital lisboeta ao Rio de Janeiro.
Sem contato entre si, as diversas partes do organismo nacional não podiam compreender os anseios mútuos nem lutar pelos mesmos princípios. A compreensão nasce do conhecimento. No Brasil da Regência, entretanto, não havia comunhão entre as províncias. Elas vinham do sombrio episódio colonial que, num conceito vulgar, pode ser tido como o medievalismo da sociedade brasileira e, desse tempo, guardavam lembrança e tradição do contato que mantinham com a metrópole: o fisco, a justiça, a administração, colocados junto às fontes de riqueza, nas suas cidades mais importantes. O que se ligava entre si, ao tempo do domínio português, era a comunidade do destino: eram partes do mais rico florão da coroa lusitana. Não mantinham com o centro, Bahia ou Rio de Janeiro, uma ligação ponderável de dependência (2) Nota do Autor. Os impostos eram pagos nas cidades capitais. A justiça tinha